quinta-feira, 19 de junho de 2008

Fertilidade Hoje e Sempre!


Olá, caros amigos blogueiros! O assunto do momento é como algumas mudanças no nosso comportamento podem interferir com a nossa fertilidade. Então vamos entender mais um pouco sobre isso:

A cada dia, um número maior de casais procura assistência médica, devido à dificuldade para obter gravidez. Em países desenvolvidos estima-se que 15% dos casais vão apresentar infertilidade em algum momento das suas vidas reprodutivas.

O impacto da idade sobre a fertilidade: Nos dias atuais, a mulher representa uma parcela importante no mercado de trabalho mundial, em muito colaborando com a economia doméstica e com um interesse especial pela formação profissional. Por esses motivos, existe uma tendência a um adiamento nos planos de ter filhos por parte do casal, e como conseqüência mais mulheres tentam a gravidez a partir dos 35 e após os 40 anos de vida. A partir dos 25 anos, ocorre uma queda gradual na fertilidade, estimando que a probabilidade de obter gestação diminui 3 a 5 % ao ano após os trinta anos, e esse percentual aumenta a partir dos 40 anos.

Riscos do hábito de fumar para a saúde reprodutiva: No Brasil 20% das mulheres são fumantes, e dessas 30% estão em idade reprodutiva. Além dos riscos para a saúde em geral, causados pelo hábito de fumar (doenças respiratórias, câncer de pulmão, cardiopatias e complicações na gravidez), a nicotina traz riscos específicos para a mulher no que diz respeito à infertilidade (22%), osteoporose (30%), menopausa precoce (17%), abortos espontâneos (39%), gravidez ectópica (27%) e câncer cervical (24%). O hábito de fumar aumenta os riscos de complicações na gravidez. O cigarro é considerado uma toxina para o aparelho reprodutivo.

Riscos do consumo de álcool para a saúde reprodutiva: O consumo de álcool pelas mulheres está associado com um aumento na infertilidade. O uso crônico de álcool reduz em 40% a chance de gravidez e no homem a diminuição da quantidade de espermatozóides e impotência sexual, nos casos de alcoolismo crônico.

Aumento da massa corporal: Em pacientes obesas, a fertilidade encontra-se reduzida em 50%. Uma perda de peso entre 10 a 15 kg aumenta consideravelmente as chances de gravidez na paciente obesa.

Atividades profissionais: algumas profissões podem alterar a fertilidade, principalmente quando ocorre o contato com tipos diferentes de agentes físicos e químicos. O calor, a radiação, substâncias tais como metais pesados são fatores que podem alterar a produção de óvulos e de espermatozóides.

Dicas:

• A partir dos trinta anos, é bom começar a programar a prole.
• Para as mulheres que desejam adiar o projeto da maternidade (por projetos profissionais ou por não terem encontrado o parceiro ideal), o congelamento de óvulos representa uma boa alternativa.
• Evitar a atividade física exagerada.
• Combater a obesidade.
• Recomenda-se a não utilização de drogas anabolizantes e drogas ilícitas.
• Quando decidir tentar a gravidez: reduza o consumo de álcool, de cafeína, amenize o stress e pare com o cigarro.
• Bons hábitos tais como: alimentação saudável e atividade física regular são sempre bem vindos!
• Compareça regularmente à consulta com o ginecologista.
• Nos casos de dificuldade em engravidar procure sempre um médico especialista em investigação e tratamento da infertilidade.
• Se a mulher tem mais de trinta anos e está tentando engravidar há pelo menos um ano sem sucesso, já é hora de procurar ajuda. A partir de trinta e cinco anos só deve esperar seis meses. A partir dos quarenta anos a procura deve ser imediata.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Inseminação Intra-Uterina

A técnica de inseminação intra-uterina consiste no tratamento da infertilidade através da estimulação ovariana controlada e inseminação (colocação) do sêmen capacitado (tratado em laboratório) dentro da cavidade uterina. O sêmen é introduzido através de um cateter a partir do colo uterino. O procedimento é praticamente indolor, podendo gerar apenas uma leve cólica durante a introdução do cateter. Este procedimento é realizado no período ideal do ciclo, orientado individualmente para cada paciente. Vale lembrar que a inseminação é apenas um entre outros tratamentos disponíveis na Reprodução Assistida (RA). Hoje em dia temos vários sinônimos usados para descrever o mesmo procedimento, com discretas diferenças:

IIU – Inseminação Intra-uterina
IAH – Inseminação Artificial Homóloga (sêmen do parceiro)
IAC – Inseminação Artificial Conjugal (sêmen do parceiro)
IAD – Inseminação Artificial com sêmen de doador



Vale a pena lembrar que o melhor procedimento é aquele escolhido pelo seu médico, após avaliação minuciosa e criteriosa do casal a ser submetido ao tratamento. A IIU está indicada para os casos de:
1- Alterações leves a moderadas do sêmen
2- Distúrbios Ovulatórios (ovários policísticos)
3- Alterações no colo do útero

De uma forma geral o casal deve possuir pelo menos os exames básicos, sendo eles:
Histerossalpingografia (comprovar a integridade das trompas)
Espermograma com Capacitação espermática
Exames Laboratoriais básicos (Hemograma, Glicemia de Jejum, etc)
Exames Laboratoriais para investigação de doenças infecto-contagiosas (HIV, VDRL, Sorologias para Hepatite B e C, HTLV, etc)

É importante ressaltar que para a inseminação ter uma boa chance de sucesso são necesssários pelo menos 5 x 10 milhões de espermatozóides do tipo A.

A chance de gravidez com o procedimento de inseminação intra-uterina é em torno de 20%. Tendo em vista que a inseminação é um método de baixa complexidade, há um número máximo de ciclos a serem realizados (3 ou 4), após os quais deve se considerar a indicação de métodos de alta complexidade, como a Fertilização In Vitro (FIV).